Você talvez nunca tenha prestado atenção, mas o storytelling invade o nosso dia em diversas situações. Filmes, séries, comerciais de televisão, vídeos das mídias sociais, livros policiais, romances e em outros tantos tipos de conteúdo, o storytelling é aquele elemento que faz o espectador ficar vidrado em uma tela até o vídeo terminar ou o leitor devorar centenas de páginas de um livro em pouco tempo. Para reter a atenção, o storytelling conta com diversas técnicas que estão sendo cada vez mais utilizadas por marcas e empresas para fortalecer o relacionamento com seus clientes.
O que é storytelling?
Storytelling é a arte de contar histórias. Romancistas, roteiristas de cinema e outros profissionais do entretenimento baseiam suas histórias em estruturas narrativas comuns, muitas vezes utilizando modelos pré-definidos, que apresentam uma trajetória já familiar para o público. Dentre as muitas estruturas, a mais utilizada, sem dúvida, é a chamada “Jornada do Herói”, que conta com uma série de etapas para envolver o espectador ou o leitor. A estrutura é basicamente assim:
– O mundo comum: apresentação do protagonista, local onde vive, e sua realidade confortável, antes do conflito;
– O chamado: algo inesperado acontece e impacta a realidade do protagonista, servindo de convite à aventura;
– Recusa do chamado: o protagonista encontra ou apresenta conflitos que o faz hesitar, em um primeiro momento, em atender ao chamado;
– Mentor: o elemento que vai compelir o protagonista a entrar naquela aventura, que não precisa necessariamente ser um personagem, mas um artefato ou evento também podem funcionar como mentor;
– Limiar: é o momento em que o protagonista decide embarcar na aventura e muda o rumo da história;
– Conflitos: surgem os desafios e obstáculos com os quais o herói terá que lidar e superar para alcançar seus objetivos;
– Provação: o personagem é tomado por adversidades e pensa em desistir ou corre risco de ser definitivamente derrotado por seu algoz;
– Conquista: o protagonista, após lidar com desafios e conflitos, conquista seus objetivos e, muitas vezes, precisa ainda escapar da “caverna profunda” ou lidar com duras consequências da sua vitória;
– O retorno: o fechamento da narrativa. O herói se revela como alguém transformado, que tirou diversas lições das experiências vividas e agora é uma nova pessoa e pode trazer essa transformação para seu mundo comum original.
Pare para pensar em um filme ou em uma série que tenha assistido e irá identificar todos esses pontos da narrativa.
Storytelling nos negócios
As técnicas de storytelling não estão restritas apenas aos momentos de lazer. Elas podem fazer parte das ações de marketing das empresas, seja externo ou internamente entre os colaboradores. Confira alguns exemplos:
As marcas e suas histórias
Repare que muitas propagandas aboliram os jargões comuns nos processos de venda, como o compre agora ou aproveite. Em vez disso, as marcas criam histórias que fazem rir ou emocionam. Mas você não precisa restringir o storytelling à propaganda. Contar seus casos de sucesso é fazer storytelling e você pode conta-los no seu site, nas suas apresentações e nas suas reunião comerciais.
Storytelling x PowerPoint
Gráficos, números e relatórios podem ser mensagens frias e abstratas, prejudicando a visualização dos dados pela audiência. Sua empresa tem uma solução que pode ajudar outras empresas a economizar dinheiro? A apresentação pode ser feita com um vídeo que conta uma história de como uma pessoa descobre um problema e sua jornada até encontrar a solução da sua empresa. Esse conteúdo cria uma identificação do cliente com o personagem que o fará reter as informações.
Comunicação interna
Sua empresa vai reunir todos os colaboradores para apresentar um novo serviço? Em vez do PowerPoint podem ser usadas outras formas de apresentação, como uma esquete de teatro, um vídeo, um stand up, enfim, há diversas possibilidades.
Em meio a tanta concorrência de conteúdo amplificada pela internet, o storytelling é uma poderosa ferramenta para reter a atenção e manter o cliente sempre ligado na sua marca. Pense nisso!